Ania Billian expõe janelas e paisagens do mundo

Marrocos, Alemanha, Peru, Itália, França, Portugal, Barra Grande... A fotógrafa Ania Billian, 80, tem olhar atento para as belezas do mundo. Especialmente para janelas, que já foram tema de uma exposição no Museu de Arte da Bahia (MAB). E compartilha um pouquinho do que seus olhos registraram na mostra Novos e Antigos Momentos.

Ania tem 80 anos e já fotografou em países como França, Alemanha, Portugal, Marrocos e Itália: paixão nasceu por acaso, no caminho do curso de francês, na Suíça (Foto: Angeluci Figueiredo)
Como começou na fotografia?
Em 1959, meu pai me mandou pra Lausanne, na Suíça, para eu aprender francês. Fui de obediência, mas não era muito minha praia. No caminho da escola, encontrei um curso noturno de fotografia. Não tinha máquina nem  nada, mas me inscrevi. Aí foi que o pessoal me deu uma listinha com o que precisava: câmera, tripé... (risos). De dia me dedicava ao francês e de noite ia para as aulas de foto.
Me animei e segui fazendo fotos depois do curso. Quando voltei ao Brasil, em 67, meu pai me deu uma máquina muito boa de presente, a Hasselbland. Tomei curso de revelação em preto e branco e montei um pequeno laboratório lá em casa. Mexia com meus filhos.

Em Lisboa, Portugal (Fotos: Ania Billian/Divulgação)
Como mudou pra foto digital?
Tomei um choquezinho de início e fiquei sem entender direito. Passei uns dois anos sem fazer foto alguma. Depois do susto, comprei uma máquina digital pequenininha e fui me reencantando.
O que mais te encanta?
Eu levei uma fase enorme fazendo janelas. A exposição que fiz ano passado, no Museu de Arte da Bahia (MAB), foi só com fotos de janelas. Agora tô saindo mais para paisagens, cores... Mas fiz uma viagem em maio pela Europa na qual fiz boas fotos, mas volta e meia acho uma janela. Não sei dizer o porquê de gostar tanto de janelas. É algo que me encanta.

Em Neuchatel (Alemanha)
Qual foi a que mais te marcou?
A janela que mais gosto foi uma que fiz em Marrakech, no Marrocos. Tinha um passarinho sentado nela. Estava voltando da viagem e ia almoçar. Aí vi a cena. Tirei o retrato na hora e depois trabalhei ela digitalmente. 

Já passou algum perrengue fotografando?
Não. O maior problema foi um CD com fotos da Europa, que não abria de jeito nenhum, há uns seis anos. Aí procurei o fotógrafo Nilton Souza, amigo de meu filho.  Ele me deu um empurrão para aprender Photoshop e me ajudou muito. Me orienta até hoje. Aprendi muito com ele.

Em Marrakech, no Marrocos
Qual sua formação?
Eu trabalhei com imobiliária desde que voltei da Europa. Sempre ajudei meu pai, que trabalhava com isso há muito tempo. Ele foi o responsável pelo loteamento Parque Florestal (no Horto Florestal). Comprou as terras em 1940 e empreendeu. Como eu era a filha mais velha, sempre trabalhei com ele. A fotografia é um hobby. Tô com 80 anos e  já fui também fazendeira, criei gado Nelore, já fiz um bocado de coisa...
Você vai expor numa loja de decoração. Gosta do tema?
Gosto sim. Amo minha casa. Nunca tive decorador, eu mesma sempre usei coisas com valor sentimental para decorar. Gosto muito de ambientes aconchegantes e com muita planta. Tenho dois cachorros, são labradores fêmeas, Pitzy e Chica.
Quais os próximos projetos?
Bom, ainda não trabalhei as fotos que eu trouxe da minha última ida à Europa. Fiquei na (região francesa da) Provence. Tinha muita pedra e verde. Quero muito fazer isso porque encontrei muitas paisagens com cores marcantes. Campos amarelos com trigo, muito vermelho das papoulas...
espero que tenham gostado beijaaao :* 

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